terça-feira, 6 de outubro de 2009

Mesmo depois de Mortos continuamos poluindo


Olá pessoal, segunda feira estava na aula de Geografia e o professor Rodrigo tocou neste assunto que eu postarei, achei muito interessante por isso vou trazer mais informações para vocês.

Quando estamos vivos inventamos milhares de formas de poluir (como vimos alguns exemplos nos outros posts), mas mesmo quando morremos não paramos de prejudicar o meio ambiente.
Atualmente, torna-se cada vez mais reconhecida a importância do meio ambiente, a necessidade do não desperdício de água e de preservação da natureza. Porém, nessa onda, alguns pontos de grande importância passam batidos, um deles, apesar de mórbido e desconhecido à população refere-se à poluição que os cemitérios podem causar. Poucos imaginam ou sequer chegaram a pensar na possibilidade de que os mortos são capazes de se tornar perigosos poluentes. O processo de decomposição de um corpo, que leva em média dois anos e meio, faz com que se origine um líquido chamado necrochorume (vem do chorume, o liquido que contem em lixos com resto de comidas). Este composto é eliminado durante o primeiro ano após o sepultamento, cada cadáver adulto pode liberar 30 a 40 litros deste liquido. Trata-se de um líqüido viscoso, com a coloração acinzentada que, com a chuva, pode atingir os lençóis freáticos, ou seja, a água subterrânea de pequena profundidade.Através de uma entrevista feita com o geólogo, professor da Universidade São Judas Tadeu de São Paulo e especialista, no assunto, Lezíro Marques Silva, verificou-se que dos 600 cemitérios analisados 75% deles poluem os lençóis freáticos, fazendo com que a água dos arredores dos cemitérios utilizadas para serviços domésticos sejam contaminadas com o líqüido liberado pelos cadáveres, de forma a contribuir com a proliferação de doenças.Ele diz: “Em São Paulo há vetores transmissores da poliomielite e da hepatite e as pessoas que não têm acesso à rede pública de abastecimento e utilizam poços é que são afetadas. Se em São Paulo a situação já é grave, imagine nos cantões do País?”, indaga o professor.
Existem alguma maneira de diminuir os impactos ambientais da morte, uma boa dica é dispensar os túmulos de concreto e optar por caixões de materiais biodegradáveis ou madeira certificada, assim como o uso de roupas leves, ou roupa nenhuma.
Já a cremação também trás impactos ambientais negativos. Quando alguém é cremado, é liberada vária substância na atmosfera: água, gás carbônica e muita resíduos tóxicos. Se a cremação for feita do jeito correto, estes resíduos são retidos em um filtro.
Por incrível que pareça a cremação é a menos poluente de todas as maneiras de morte. Para que as pessoas pudessem ter mais acesso ao serviço de cremação, a prefeitura de São Paulo alterou a Lei 11.479/94 que dispensa os doadores de órgãos das taxas funerárias e do enterro para que, além disso, dão ao município as taxas de cremação. Como medida de saúde pública. Dessa forma, a prefeitura acredita que está ajudando a solucionar dois grandes problemas enfrentados pela sociedade atual: a falta de Órgãos nos hospitais e os problemas já citados sobre a poluição gerada pelos cemitérios. A introdução funcionaria como um incentivo legal à cremação, além de garantir ainda assim o equilíbrio dos cofres públicos.
Que incrível, poluímos vivos poluímos mortos, quando a poluição vai acabar?

Dados fornecidos por: Manoella Oliveira e Karina Giardelli


Por Carolina Vasconcelos

4 comentários:

  1. Aha!
    Estão prestando atenção na minha aula então!?
    Gurias, gostei bastante do post, várias dessa informações eu mesmo não sabia.
    Pertinente, curioso, informativo e... nojento! :P`
    Parabéns

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  2. Acredito que a morte é inerente a qualquer ser vivo, não só ao ser humano, e tudo que é vivo vai morrer, e poluir de algum jeito. A preocupação com o meio ambiente é muito pertinente, mas podemos nos permitir ao menos morrermos em paz, não acham? =]

    --
    Recicle Ideias!

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  3. Realmente, o necrochorume produzido pelos cadáveres em decomposição é uma real ameaça para os lençóis freáticos, mas infelizmente acredito que esse problema seja mais complicado de ser resolvido, creio que cremar os corpos seria a melhor solução, mas nem todas as religiões compatuam com esta opção. A cremação ainda polui, mas pelo menos, não tanto como as demais.

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  4. Eu penso um pouco diferente sobre o assunto... Eu vejo a morte como uma coisa natural, todo ser humano, bem como todo ser vivo, cedo ou tarde vai morrer, é normal isso. Portanto, o necrochorume é também algo natural, não foi o homem que o criou. Acho que o ser humano deveria compreender esforços para eliminar a poluição que ele mesmo criou, e não a que já existe no mundo fazem milhões de anos!

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